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Produção de oleaginosas

A Codevasf assina contrato com a empresa Dagris para realizar estudos de viabilidade econômica para implantação de oleaginosas, visando desenvolver a agroenergia nas regiões de Itaparica e do Vale do Iuiu, na Bahia
publicado: 11/01/2007 11h43, última modificação: 06/10/2023 17h07

O presidente da Codevasf (Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba), Luiz Carlos Everton de Farias, assina contrato com a empresa francesa Dagris com o objetivo de realizar estudos de viabilidade econômica para implantação de oleaginosas, visando desenvolver a agroenergia nas regiões de Itaparica e do Vale do Iuiu, na Bahia. A solenidade será no dia 12 de janeiro, às 10h, no escritório da Codevasf em Salvador, com a presença do diretor da Área de Revitalização das Bacias Hidrográficas da Codevasf, Jonas Paulo Neres.

Os estudos fazem parte da cooperação técnica entre a Codevasf, Chesf e a Dagris visando à inserção da Codevasf no Programa Nacional de Produção e Uso do Biodiesel (PNPB) do governo federal. Se os estudos apontarem a viabilidade do projeto, a proposta é que sejam implantadas usinas-piloto para produção de biodiesel nos perímetros do Sistema Itaparica. A Chesf proporcionou aos reassentados infra-estrutura, como habitação, água e energia que oferecem melhor qualidade de vida aos produtores.

O grupo Dagris atua em 25 países na área de insumos para produção de biodiesel – basicamente sementes. No Brasil, a proposta é fomentar a agricultura familiar e o sistema de cooperativismo. De acordo com Carta de Intenções assinada com a Codevasf, no final de 2006, a idéia é cultivar algodão na Bahia, em áreas da Codevasf, especificamente no Vale do Iuiu, Guanambi e Brumado, regiões do semi-árido com boa qualidade de solo e que integram uma lista de 38 municípios priorizados pelo Ministério da Integração para ações governamentais concentradas. A região tem os menores Índices de Desenvolvimento Humano (IDH) do país. Pelo acordo proposto, a Dagris se compromete a adquirir a matéria prima (algodão) produzida pelos agricultores. Toda a produção será utilizada na indústria do biodiesel.

O projeto desenvolvido pelo grupo Dagris no Brasil associa dois componentes que se enquadram numa estratégia de desenvolvimento sustentável do governo brasileiro: um industrial e outro agrícola. No industrial, está prevista a construção e a implementação de uma fábrica de óleo e de uma unidade de esterificação que pode produzir cinco milhões de toneladas de biodiesel por ano. No componente agrícola, está a promoção da agricultura familiar, que permitirá assegurar até 30% das sementes de oleaginosas utilizadas pelo grupo francês. Esse projeto vai gerar 250 empregos industriais permanentes e o montante dos investimentos será de 160 milhões de reais.