Você está aqui: Página Inicial > Notícias > 2006 > Hidrovia do São Francisco
conteúdo

Notícias

Hidrovia do São Francisco

A Codevasf celebrou nesta quarta-feira (27/9), as 10 horas, em Brasília, convênio com a Fundespa (Fundação de Estudos e Pesquisas Aquáticas), ligada ao Instituto de Oceanografia da USP
publicado: 27/09/2006 12h45, última modificação: 01/11/2022 14h09

A Codevasf celebrou nesta quarta-feira (27/9), às 10 horas, em Brasília, convênio com a Fundespa (Fundação de Estudos e Pesquisas Aquáticas), ligada ao Instituto de Oceanografia da USP, que detém no Brasil a tecnologia necessária a execução das ações do Projeto Hidrovia do São Francisco, no valor de 11 milhões e 569 mil reais. 

Segundo o presidente da Codevasf, Luiz Carlos Everton de Farias, a
recuperação da Hidrovia do São Francisco terá influência direta na
revitalização do rio, "pois as obras de derrocamento, de dragagem, de
aprofundamento e de proteção das margens ampliarão a navegabilidade,
oferecendo melhores e mais rápidas condições de logística para o escoamento da safra de grãos do oeste da Bahia". Ele acrescentou que, se nada for feito no curto prazo, o rio apresentará, em poucos anos, trechos assoreados e em processo contínuo de alargamento a cada cheia anual. "As soluções propostas pela Codevasf não causarão impacto ambiental, pois serão ações vinculadas a bioengenharia, amplamente testadas nos EUA, na Europa e no Japão, com o objetivo de revitalizar o rio".

A secretária executiva do Ministério da Integração Nacional, Silvana Parente, presente ao evento, ressaltou as ações da Codevasf. "Estamos diante de diretores da Codevasf com visão empreendedora de desenvolvimento para a região". Para o diretor da Área de Revitalização das Bacias Hidrográficas, Jonas Paulo, o convênio ganha destaque especial, "é importante enfatizar que estamos diante de um momento importantíssimo para a revitalização, é uma das ações mais impactantes, o rio está saudável quando tem peixe e quando permite a navegabilidade, a intervenção irá permitir que a Hidrovia opere sem os pontos de estrangulamento, vamos fazer a recuperação da área e a própria natureza irá se recompor, com sua mata ciliar", garantiu.

Segurança Nacional

A Fundespa tem estreita ligação com o Exército dos Estados Unidos, cujas hidrovias são tratadas como um assunto de segurança nacional. Esse foi o principal ponto reforçado pelo diretor da Companhia Clementino Coelho. "É preciso transformar esse assunto em questão de seguança nacional", afirmou.

A Fundespa e o Exército, com apoio financeiro da Codevasf, atuarão juntos na construção de um campo de provas em Barra, na Bahia. A tecnologia a ser utilizada no campo de provas será a mesma que se utilizou para a construção das hidrovias do Mississipi (EUA) e do Reno (Alemanha).

Estima o presidente da Codevasf que, dentro de um ano, esse campo de provas definirá as soluções técnicas ambientais e de engenharia que serão utilizadas na recuperação e na consolidação da Hidrovia do São Francisco, que terá 320 quilômetros de extensão, desde a cidade de Ibotirama (BA) até a região de Petrolina-Juazeiro.

"Com a hidrovia, estarão criadas as condições de logística de transporte para o escoamento da produção do oeste da Bahia e, ainda, para a consolidação da região Petrolina-Juazeiro como pólo industrial, comercial e distribuidor de grãos, álcool e biodiesel do Vale do São Francisco", antecipa o diretor de Engenharia da Codevasf, Clementino Coelho.