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Curso para equipe de ATER
A Regional da Codevasf em Petrolina (PE), em parceria com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa Semi-Árido), promoveu curso prático de Manejo de Irrigação, Drenagem,Salinidade e Fertirrigação para a equipe de Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater) que atua nos Perímetros Irrigados Icó-Mandantes, Apolônio Sales, Manga de Baixo e Barreiras, localizados no município de Petrolândia (PE).
Durante dois dias, cerca de 25 profissionais, engenheiros agrônomos, técnicos agrícolas e coordenadores da Ater, puderam trocar experiências e participar de capacitações e aulas práticas. Esse curso faz parte do programa de capacitações que a Regional da Codevasf está desenvolvendo, desde o mês de março deste ano, para os profissionais da Ater e produtores reassentados. “A realização dos cursos está focada nas principais demandas que foram levantadas junto aos produtores reassentados do Sistema Itaparica no que se relaciona à irrigação, solo, drenagem, além dos diversos aspectos da produção agrícola”, disse o superintendente regional da Codevasf, em Pernambuco, Luís Frota.
Até novembro deste ano, toda a programação prevista para 2008 estará concluída. No total, serão realizados vinte e dois cursos: quatorze voltados para produtores e oito para técnicos da Ater. “Nosso objetivo é orientar os profissionais da Ater e eles repassarem para os produtores no campo os conhecimentos que nós estamos partilhando”, disse o pesquisador, José Maria Pinto, da Embrapa Semi-Árido, especialista em Fertirrigação, destacando que este é o caminho para levar a pesquisa que a Embrapa faz até o produtor.
O técnico agrícola Antônio Silva considerou importante a capacitação. “O que aprendemos sobre cálculos de irrigação vai permitir auxiliar melhor os produtores”, explica.
CURSO – As técnicas de irrigação e drenagem, que levam a economia de recursos naturais e financeiros, foram os temas discutidos durante a capacitação. O pesquisador, Marcos Braga, da Embrapa Semi-Árido, especialista em Manejo de Irrigação e Drenagem, destacou que realizar o manejo de irrigação adequado é aplicar a quantidade de água requerida pela cultura. “Aplicar um volume de água maior do que a cultura necessita, naturalmente estará, também, aplicando sais e lavando o solo, os nutrientes para o lençol freático, podendo causar contaminação de lagoas e rios”, explicou Marcos Braga.
“Desperdício significa perda de dinheiro, porque a água de qualidade é um bem escasso e adubos e insumos são muito caros”, disse Braga que recomenda o melhor uso dos recursos hídricos. “Isso significa produzir adequadamente, usando o conceito de produtividade da água: quantidade de água por produto produzido. Quanto menor for essa relação, melhor é a eficiência”, ensina.
Durante o curso, também foi explicada a eficiência do aproveitamento da irrigação para adubar as culturas, por meio da fertirrigação. Uma das principais vantagens é a de poder distribuir pequenas quantidades de adubos em grandes áreas. O pesquisador José Maria Pinto defende que a fertirrigação é um dos métodos mais eficientes porque permite que todas as plantas recebam sempre a mesma dose de adubo, além do produtor poder economizar na mão-de-obra.“Quando a adubação é manual, corre-se o risco de se colocar mais produto em uma planta e menos em outra”, disse.
PRÁTICA - A parte prática do curso foi realizada no lote do agricultor Antônio Expedito dos Santos, no Perímetro Irrigado Apolônio Sales, que possui 4,5 hectares de banana. Ele utiliza o método de fertirrigação há seis anos. “Adubo e irrigo minha plantação ao mesmo tempo com melhor eficiência”, conta o agricultor acrescentando que esse método possibilita levar o adubo para todo o sistema radicular da planta.