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Crianças no São Francisco

No aniversário de 505 anos do rio São Francisco, atividades que despertam a educação ambiental foram os destaques das comemorações.
publicado: 05/10/2006 15h10, última modificação: 01/11/2022 14h09

No aniversário de 505 anos do rio São Francisco, atividades que despertam a educação ambiental foram os destaques das comemorações. A programação foi iniciada com o lançamento de aproximadamente 5 mil alevinos, da espécie pacamã, por estudantes de escolas públicas e particulares de Petrolina, como um ato simbólico para despertar a consciência ambiental.

A estudante Lara Ribeiro, 8 anos, já sabe da importância da preservação do rio. "Esses peixinhos estão sendo jogados aqui para preservar a vida do rio. Nós temos que preservá-lo por que ele é a nossa sobrevivência", explica. No entorno de Petrolina, a Codevasf lança no Velho Chico, por ano, uma média de 14 milhões de alevinos, que são produzidos na sua Estação de Piscicultura de Bebedouro.

Além do peixamento, foram plantadas mudas de craibeira e de jatobá na orla, também como um ato simbólico para lembrar a importância da recomposição da mata ciliar. O objetivo principal é chamar a atenção das pessoas para a recomposição da mata ciliar, uma ação prevista no programa de revitalização. A Codevasf já assinou convênio com assentamentos de reforma agrária para a recuperação de aproximadamente 100 km de margens nos municípios de Lagoa Grande, Santa Maria da Boa Vista e Orocó. O desenvolvimento desse programa depende da participação do governo federal, dos estados e municípios, e fundamentalmente do comprometimento e da conscientização da população envolvida no processo.

UMA DÁDIVA DO CRIADOR

O superintendente regional da Codevasf Petrolina, Reginaldo Paes, destacou que esses atos simbólicos despertam a consciência da comunidade para a relevância das ações de preservação e educação ambiental. "Esperamos contar com o envolvimento da população para podermos  efetivar, com sucesso, as ações do Programa de Revitalização", ressaltou.

A promotora do Meio-Ambiente, Ana Rúbia Torres de Carvalho, falou que os atos simbólicos são marcos, chamarizes e ocasiões em que se chama a atenção para a importância que o Velho Chico tem para toda a comunidade e para o semi-árido nordestino. "O Velho Chico, eu costumo dizer, é uma dádiva do criador a todo o Nordeste do Brasil. São 15 milhões de brasileiros que moram na bacia do São Francisco e precisam se responsabilizar e se apropriar desse rio para que ele possa continuar vivo para as gerações que virão", ressalta.

A programação da manhã, na Orla de Petrolina, foi encerrada com a chegada de 25 maratonistas do 7º Grupamento do Corpo de Bombeiros que fizeram o percurso, a nado, de aproximadamente 5 km, saindo da Ilha do Massangano.