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Codevasf recompõe vegetação ao longo do Velho Chico
Com o objetivo de recompor a vegetação que margeia o Velho Chico e seus afluentes utilizando o replantio com árvores nativas, a Codevasf e a Embrapa desenvolvem, ao lado da Fundação de Desenvolvimento Regional (Funder), o Projeto de Recomposição da cobertura vegetal do Rio São Francisco entre Petrolina e Petrolândia, em vigor desde novembro de 2006.
Para concretizar o Projeto, foi celebrado convênio entre a Codevasf e a Funder com execução da Embrapa e custou à Companhia um investimento de aproximadamente R$ 900 mil. O Projeto faz parte do Programa de Revitalização da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco com financiamento do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
De acordo com o gerente regional de Revitalização da Codevasf em Petrolina, Gildemar de Oliveira Santos, até o momento já foram replantadas em torno de 53 mil mudas representadas em 16 espécies nativas do Vale do São Francisco. “O enriquecimento da mata ciliar do rio traz inúmeras vantagens como proteção dos recursos naturais, valorização da biodiversidade e o equilíbrio ambiental no ecossistema”, comenta o gerente.
A cada quatro meses, a Funder, fundação com sede em Matias Barbosa (MG), divulga o andamento das atividades. O relatório mais recente (na 7ª edição) traz dados de janeiro a abril deste ano que compreendem coleta de sementes, produção e plantio de mudas, Dias de campo, reuniões de articulação para apresentação do Projeto e identificação de áreas degradadas. “Nesta etapa, podemos observar bons resultados em Petrolina, onde mais de 25 mil plantas foram implantadas na flora ribeirinha (48% do total de 52.122 mudas). Em Lagoa Grande, plantamos cerca de 15 mil árvores; houve replantio em Santa Maria da Boa Vista (5.225), Cabrobó (1.340), Orocó (1.195), Belém do São Francisco (1.351) e Granito (2.755). Também foram feitas palestras para apresentação do projeto em Bodocó, Parnamirim e Petrolândia”, informa Gildemar Santos.
As mudas são produzidas em viveiros pela Embrapa em Petrolina onde se encontram atualmente cerca de 102 mil mudas que passam em média dois anos antes de serem levadas ao campo. Entre as espécies mais utilizadas no replantio estão calumbi, ingazeira, pau-ferro, marizeiro e canafístula. Conforme Gildemar Santos, a participação das comunidades ribeirinhas tem sido um forte aliado no processo de recomposição da mata ciliar do Velho Chico. “O trabalho de educação ambiental das comunidades locais no plantio das mudas tem sido muito importante na condução do projeto. As pessoas já trazem consigo a concepção de que, com atitudes simples como plantar uma árvore, a gente consegue dar mais vida ao rio”, frisa.