Apoio aos jovens artesãos no Perímetro Irrigado Pedra Branca

A principal fonte de renda dos produtores reassentados do Perímetro Irrigado Pedra Branca - implantado pela Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf) em função da construção da barragem de Itaparica -, localizado entre os municípios de Curaçá e Abaré, na Bahia, é a produção de banana, com mais de 1.600 hectares de área em cultivo. Aproveitando este potencial, jovens da Associação Agropecuária e Artesanal do Município de Abaré (Associação Florimel), formada por filhos de reassentados, estão utilizando a fibra natural da bananeira como matéria prima para o artesanato.

Com o objetivo de fortalecer a atividade, a Superintendência Regional da Codevasf em Juazeiro, com recursos da Chesf, viabilizou curso de processamento artesanal da fibra da bananeira, para agregar valor aos produtos. “O trabalho artesanal pode contribuir com a melhoria da renda das famílias reassentadas do Sistema Itaparica”, disse a superintendente regional da Codevasf, Ana Angélica Lima, destacando que peças feitas com fibras naturais têm bastante aceitação no mercado de artesanato.

“Matéria-prima não vai faltar, pois é abundante no Perímetro Irrigado”, disse o diretor de Comunicação Social da Associação Florimel, Jerson de Souza. Com o domínio da técnica de processamento da fibra natural da banana, os jovens artesãos vão dando forma a bolsas, tapetes, flores, porta-retratos, jogos americanos, entres outros artigos.

A Associação se prepara para alcançar outros mercados onde possam comercializar as peças, a exemplo de lojas especializadas em artesanatos. Segundo Jerson de Souza, a entidade ainda não teve lucro, pois todo o dinheiro obtido com a venda dos produtos é reinvestido na Associação. “Nossos principais objetivos no momento são: o associativismo, a organização dos jovens, a profissionalização e a integração com o mundo globalizado”, reforçou o diretor de Comunicação da Associação, acrescentando que depois de alcançar essas metas, o retorno financeiro virá naturalmente.