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Agricultores recebem terras na Bahia

Cerca de 200 famílias de agricultores sem-terra do município de Malhada, na Bahia, são beneficiadas com 14 imóveis doados pela Codevasf. A ação faz parte do programa de assentamentos de agriculores desenvolvido pelo Incra. As terras estão localizadas em cinco áreas do Vale do Iuiu, na região do São Francisco.
publicado: 07/06/2006 10h50, última modificação: 01/11/2022 14h09

Cerca de 200 famílias de agricultores sem-terra do município de Malhada, na Bahia, são beneficiadas com 14 imóveis doados pela Codevasf. A ação faz parte do programa de assentamentos de agriculores desenvolvido pelo Incra. As terras estão localizadas em cinco áreas do Vale do Iuiu, na região do São Francisco.

A população do município recebeu a notícia com festa no ato de entrega das terras, no sábado (3). Esteve presente a ministra Matilde Ribeiro, da Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir), o superintendente da Codevasf em Bom Jesus da Lapa (BA), Jonas Paulo, o prefeito de Malhada, Anselmo Alves Boa Sorte, a prefeita de Carinhanha, Francisca Alves Ribeiro, entre outras autoridades.

Os imóveis estão sistematizados para receber infra-estrutura de irrigação. Com a doação, o Incra compromete-se em adequar o assentamento das famílias ao complexo de irrigação a ser implantado no local. Segundo Jonas Paulo, a doação dos imóveis é mais um passo para desenvolver o projeto Vale do Iuiu.

A proposta é incluir uma nova vocação agrícola na região, incentivando as famílias assentadas a cultivar algodão e oleaginosas, culturas voltadas para a produção do biodiesel. Jonas informa ainda que a conquista dos 46 mil hectares para os programas do Incra tornou-se mais ágil graças a parceria entre a Codevasf em Bom Jesus da Lapa e a Gerência Regional do Patrimônio da União (GRPU).

Ao todo, foram doados 4.246 hectares no Vale do Iuiu e o registro cartorial de 41.780 hectares de terras da União na comunidade quilombola Pau D´arco Parateca. “O ato se insere no programa de revitalização do São Francisco. Com o suporte da Codevasf, o Patrimônio da União demarcou a área de preservação das lagoas marginais, consideradas berçário de peixes do Médio São Francisco. No local, vivem mais de 1.700 descendentes de escravos que a partir de agora têm a sua situação regularizada com a entrega dos títulos definitivos”, explica o superintendente.