Ciro Gomes deixa MI

O ministro Ciro Gomes concedeu coletiva à imprensa hoje pela manhã (31/03) para informar que estava deixando o cargo que ocupa desde o dia primeiro de janeiro de 2003 e fez balanço de sua gestão. “Eu entrego o Ministério da Integração Nacional ao meu substituto habitual Pedro Brito”, hoje secretário executivo substituto. Aproveitou a ocasião para reparar, segundo ele, uma injustiça que por oito meses ficou sem resposta. Com o atestado de idoneidade do seu então secretário executivo, Márcio Lacerda, emitido pela Polícia Federal, nas mãos ressaltou que nada foi comprovado. Márcio Lacerda foi vítima de denúncias, durante a apuração da CPI dos Correios, que também em relatório final ratifica o atestado. Durante todo esse tempo o cargo de secretário executivo do Ministério não foi ocupado efetivamente.

Ao longo dos três anos e três meses de sua gestão, o Ministério da Integração Nacional experimentou profundas mudanças. Uma das iniciativas mais importantes do ministro Ciro Gomes foi a elaboração da Política Nacional de Desenvolvimento Regional (PNDR), que além de introduzir profundas alterações na atuação do governo federal no território, orienta hoje as políticas setoriais dos diferentes ministérios. Na área de infra-estrutura, as ações do MI têm obedecido, desde o início da atual gestão, uma lógica articulada com estratégias de desenvolvimento regional. Na entrevista, o ministro enfatizou a importância das atividades vinculadas – Codevasf, Dnocs, ADA e Adene – que tiveram papel estratégico. “Quando assumi estava diante de uma grande bagunça, hoje, a realidade é outra”, afirmou. Sobre o Projeto São Francisco ele foi claro: “não estou frustado pelo fato de não ter conseguido concretizar o projeto como um todo, mas as bases estão prontas para que as ações não fiquem paradas”, destacou. Bem humorado e com um discurso ameno, Ciro Gomes disse que tem uma história para preservar e rememorou as suas conquistas ao longo de 30 anos de vida pública.