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PROGRAMA FLORESTAL DO PIAUÍ É APRESENTADO AO BANCO MUNDIAL

O Piauí é a nova fronteira para o desenvolvimento de um programa florestal sustentável. A conclusão, que consta de um estudo detalhado das condições climáticas, de solo e de infra-estrutura no Estado, foi apresentada hoje a diretores e técnicos do Banco Mundial (BIRD) pelo ministro da Integração, Ciro Gomes, o governador Wellington Dias e o presidente da Codevasf, Luiz Carlos Everton de Farias. A apresentação foi feita em videoconferência entre a representação do Banco em Brasília e sua sede, em Washington.
publicado: 04/05/2005 15h00, última modificação: 01/11/2022 14h04

O Piauí é a nova fronteira para o desenvolvimento de um programa florestal sustentável. A conclusão, que consta de um estudo detalhado das condições climáticas, de solo e de infra-estrutura no Estado, foi apresentada hoje a diretores e técnicos do Banco Mundial (BIRD) pelo ministro da Integração, Ciro Gomes, o governador Wellington Dias e o presidente da Codevasf, Luiz Carlos Everton de Farias. A apresentação foi feita em videoconferência entre a representação do Banco em Brasília e sua sede, em Washington.

Para o presidente da Codevasf, que realizou o contato entre o governo do Piauí e o Banco Mundial, os objetivos do encontro foram plenamente alcançados: “estamos trabalhando para aproximar potenciais investidores privados, organizados pelo BIRD, do Programa de Desenvolvimento Florestal do Vale do Parnaíba”.

O estudo apresentado avalia as condições de implementação de florestas plantadas (florestas com finalidade de exploração comercial para a produção de madeira e derivados para fins comerciais). O governador Wellington Dias ressaltou os aspectos positivos do empreendimento. De um lado, o programa “é um bom negócio” para investidores e, de outro, “é um gerador de desenvolvimento sustentável, emprego e renda para as populações” das áreas que foram estudadas – na região de Teresina e Uruçuí.

O ministro Ciro Gomes apresentou à direção do BIRD alguns dados importantes sobre a criação de florestas plantadas no Brasil. Ele afirmou que “o Piauí tem uma excelente localização, condições climáticas ideais e a implementação deste programa será muito importante para aliviar a pressão e o desmatamento da floresta amazônica”.

O ministro ressaltou ainda que uma árvore de eucalipto demora, no Piauí, sete anos, em média, para chegar à altura de corte. Na Finlândia, um dos maiores produtores de madeira deste tipo em todo o mundo, o período é de até 40 anos. Além disso, o setor de madeira oriunda de florestas plantadas é um grande negócio em todo o mundo.

No Brasil, atualmente, é responsável por 7% das exportações, 20 do superávit brasileiro e 4% do PIB nacional. O crescimento estimado do setor para a próxima década é de 3% ao ano. Área de atuação do Programa O Programa de Desenvolvimento Florestal do Vale do Parnaíba tem, no estado, duas áreas prioritárias, localizadas na região de Teresina e de Uruçuí – um total de 4 milhões de hectares disponíveis.

Os investidores deverão trabalhar com pequenos e médios proprietários, o que determinará números importantes na geração de emprego e renda. Participaram também do encontro representantes do Ministério do Meio Ambiente, Sebrae, Ministério da Integração, Incra, Embrapa e Banco do Nordeste, instituições importantes para a execução de um programa com a extensão do que foi apresentado hoje aos técnicos do BIRD.

Organizações interessadas

Uma das organizações que poderão apoiar o Programa de Florestas é a ITTO – Internacional Tropical Timber Organization, que atua no ramo do desenvolvimento florestal sustentável em mais de 59 países, principalmente em áreas tropicais. O diretor executivo da empresa, Manoel Sobral Filho, piauiense, informou que existem programas da área de interesse da Codevasf para recuperação de regiões degradadas enfocando a recuperação de florestas nativas.