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SÃO FRANCISCO VAI EXPORTAR FLORES

publicado: 19/08/2004 09h25, última modificação: 01/11/2022 14h00

Diário de Pernambuco-23/8/04

Roberto Cavalcanti

Tradicionalmente voltado a produção de frutas, o vale do São Francisco se rende ao potencial econômico da floricultura tropical e já articula as primeiras exportações para a Europa. Através do aproveitamento do sistema logístico aplicado à fruticultura, os produtores de flores de Petrolina, a 774 quilômetros do Recife, pretendem manter remessas aéreas regulares para a Europa.

As expectativas são de que, a principio, sejam exportadas semanalmente cerca de 2 mil hastes no valor aproximado de R$ 140 mil por operação. As exportações devem ser iniciadas ainda neste segundo semestre e beneficiarão diretamente os floricultores filiados à Associação dos Produtores de Flores do Vale do São Francisco (Florexport).

Entre os destinos internacionais estão Portugal, França, Itália e Alemanha, já no mercado interno, os principais consumidores das flores cultivadas no sertão são Salvador, Fortaleza, São Paulo e Rio de Janeiro. Apenas em Petrolina existem aproximadamente 10 hectares em floração, o que corresponde a uma produção mensal de 20 mil hastes.

Nos próximos meses devem ser incorporados à área cultivada 20 novos hectares. Com isso, será possível elevar a produção, a médio prazo, para algo em torno de 60 mil hastes/mês. O Vale do São Francisco responde atualmente por 20% de toda produção de flores tropicais do Estado, estimada em 120 mil hastes/mês. Desse total, cerca de 6,2 mil hastes são exportadas mensalmente.

O presidente da Florexport, Armando Malul, afirmou que as exportações serão facilitadas pelo know how logístico desenvolvido nas operações de envio de uvas e mangas para a Europa e poderão ter como ponto de partida os aeroportos do Recife, Salvador e Fortaleza.

Também encontra-se em estudos a possibilidade de formação de um pool de exportação com os produtores temperadas de Holambra, em São Paulo, o que pode abrir novos horizontes para a produção de flores tropicais no semi-árido.

Maluf explicou que apesar do interesse e dos avanços nas negociações com os compradores estrangeiros, a região ainda não possui volume suficiente apara assegurar grandes remessas regulares. Ele disse a maior preocupação dos produtores é atender integralmente aos pedidos, o que só será possível com a entrada em produção de novas áreas.” Como não possuímos condições de atender grandes volumes , estamos iniciando as operações de exportação com cautela”, ressaltou.