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Até 2019, 450 nascentes da bacia do São Francisco estarão protegidas em Minas Gerais
Compromisso, que totaliza R$ 30,2 milhões, foi reafirmado pelo
Ministério da Integração Nacional, Codevasf e demais parceiros
Até junho de 2019, as ações ambientais visando à revitalização de
sub-bacias hidrográficas na região da bacia do rio São Francisco em
Minas Gerais terão dado um salto. Nesse prazo, por meio de apenas um
dos convênios firmados entre o Ministério da Integração Nacional
(MI) e a Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do
Parnaíba (Codevasf), serão 450 nascentes e mais 643 quilômetros de
matas ciliares e mata de topo protegidos, 40.436 bacias de captação
de enxurrada construídas, 2.201 quilômetros de terraços implantados
e adequação ambiental de 284 quilômetros de acessos vicinais.
O compromisso foi reafirmado pelos órgãos do Governo Federal com os
entes parceiros nas ações – a Secretaria de Estado de Agricultura,
Pecuária e Abastecimento de Minas (Seapa) e a Empresa de Assistência
Técnica e Extensão Rural (Emater/MG), além de prefeituras
municipais, organizações não governamentais (ONGs) e associações de
produtores. O objetivo é a preservação e a recuperação
hidroambiental de 126 microbacias na porção mineira da bacia do São
Francisco – um investimento federal de R$ 30,2 milhões cuja execução
orçamentária já se aproxima dos 60%. Outros convênios do MI e
Codevasf prevendo ações semelhantes no Norte de Minas estão em
vigor.
"Estamos fortemente focados para que a revitalização do São
Francisco possa acontecer plenamente. As iniciativas lideradas pela
Codevasf junto com os municípios e com o estado permitem que se olhe
pelas nascentes, garantindo que elas estejam preservadas", disse o
ministro da Integração Nacional, Helder Barbalho. "Temos um
planejamento até 2026 da ordem de R$ 6,9 bi em ações diversas de
revitalização, com um olhar atento para a recarga hídrica e para a
qualidade da água - o que inclui universalização do esgoto tratado,
abastecimento de água de qualidade e recuperação de nascentes,
assegurando tranquilidade hídrica à bacia do São Francisco",
complementou.
"Se o Nordeste Setentrional precisa receber água da transposição do
São Francisco, Minas e Bahia têm que cuidar desse rico manancial -
não só para produção, mas para o abastecimento da população do
Nordeste brasileiro", frisou a presidente da Codevasf, Kênia
Marcelino.
Desde o início das ações desse instrumento, em 2008, já foram
cercadas e protegidas 230 nascentes além de 298 quilômetros de matas
ciliares e mata de topo; construídas 13.799 bacias de captação de
enxurrada (barraginhas) e implantados 700 quilômetros de terraços –
além da readequação ambiental de 84 quilômetros de estradas
vicinais.
“As ações mecânicas – bacias de captação de enxurradas,
terraceamento e adequação de estradas vicinais – retêm as
enxurradas, aumentam a infiltração da água no solo e minimizam os
efeitos das enxurradas, evitando a erosão e o assoreamento de rios,
veredas e nascentes. Com isso, as águas infiltradas no solo
alimentam os lençóis freáticos que, consequentemente, abastecerão as
nascentes”, explica o gerente regional de Revitalização da Codevasf
em Minas Gerais, Alex Demier.
Recuperação hidroambiental
O compromisso para conclusão de ações até 2019 é apenas um entre os
firmados pela Codevasf com o Governo do Estado de Minas Gerais, por
meio da Seapa e Emater/MG, para recuperação hidroambiental da bacia
do São Francisco em Minas.
Somados, todos os convênios em execução preveem proteger 1.837
nascentes, 1.487 quilômetros de matas ciliares e mata de topo;
construir 69.057 bacias de captação de enxurrada, implantar 3.686
quilômetros de terraços e realizar a adequação ambiental de 481
quilômetros de acessos vicinais. Eles totalizam cerca de R$ 65
milhões em investimentos do Governo Federal.
Fotografias: https://www.flickr.com/photos/codevasf/albums/72157683667780001/with/34998286624/