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Codevasf já inseriu 380 mil alevinos no rio São Francisco em Sergipe este ano
Em 2023, a Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) já realizou seis peixamentos em Sergipe. Essas ações de repovoamento contribuíram, até o momento, para inserir mais de 380 mil alevinos e juvenis de espécies nativas na bacia do rio São Francisco. A última dessas ações ocorreu no último domingo (5), no município de Ilha das Flores.
O peixamento foi realizado no povoado Serrão, com o lançamento de 48 mil alevinos de curimatã, 1 mil alevinos de piau e 1 mil juvenis de camarão-pitu. A ação de repovoamento foi realizada em parceria com a prefeitura de Ilha das Flores e teve a participação do superintendente regional da Codevasf em Sergipe, Marcos Alves Filho.
As ações de repovoamento foram realizadas em diferentes localidades de cinco municípios: Neópolis, Santana do São Francisco, Ilha das Flores, Gararu e Propriá. Na próxima semana, mais um peixamento será realizado no município ribeirinho de Santana do São Francisco, no povoado Saúde. Em todos esses municípios, as ações integraram a programação dos tradicionais festejos de Bom Jesus dos Navegantes, uma das principais expressões religiosas do Baixo São Francisco Sergipano.
Essas ações de repovoamento, também conhecidas como peixamentos, contribuem para a recomposição da fauna pesqueira. A iniciativa contribui para aumentar a quantidade de alimento disponível e para a manutenção do equilíbrio ecológico. A ação também garante a sobrevivência da pesca artesanal, o que traz geração de renda e segurança nutricional para as comunidades ribeirinhas.
“Essa ação tem um significado muito importante para a preservação da bacia do São Francisco, pois devolvemos vida às suas águas. O peixamento tem grande importância socioambiental para a população”, declarou o superintendente regional Marcos Alves Filho.
O diferencial dos peixamentos realizados pela Codevasf em Sergipe tem sido a inserção de juvenis de camarão-pitu. Considerada em risco de extinção, a espécie sofreu com a pesca excessiva ao longo do tempo, diminuindo consideravelmente sua presença na bacia.
Por esse motivo, a Codevasf iniciou, em 2018, um projeto de produção de camarão-pitu em parceria com a Universidade Federal de Alagoas. O projeto funciona no Centro Integrado de Recursos Pesqueiros e Aquicultura de Betume (CIB), unidade de produção e pesquisa mantida pela Codevasf na zona rural de Neópolis. Neste ano, já foram lançados 8 mil juvenis de camarão-pitu no rio São Francisco em Sergipe.