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Kits de irrigação implantados pela Codevasf reduzem efeitos da seca para 3 mil famílias maranhenses

Em meio a um quadro de estiagem prolongada, três mil famílias de agricultores do Maranhão estão conseguindo não só superar seus efeitos, mas também aumentar a produção. O feito é possível graças a um investimento de R$ 1,2 milhão do governo federal por meio da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), que implantou, desde 2013, 3 mil kits de irrigação em cerca de 60 municípios, aumentando a área irrigada do estado em 150 hectares, apenas na agricultura familiar.
publicado: 26/10/2016 13h15, última modificação: 01/11/2022 14h36

O investimento de R$ 1,2 milhão em cerca de 60 municípios aumentou a área irrigada do estado em 150 hectares apenas na agricultura familiar

Em meio a um quadro de estiagem prolongada, três mil famílias de agricultores do Maranhão estão conseguindo não só superar seus efeitos, mas também aumentar a produção. O feito é possível graças a um investimento de R$ 1,2 milhão do governo federal por meio da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), que implantou, desde 2013, 3 mil kits de irrigação em cerca de 60 municípios, aumentando a área irrigada do estado em 150 hectares apenas na agricultura familiar.

“Depois que passamos a produzir com os kits, criamos uma associação por meio da qual vendemos a produção na feirinha e dividimos os lucros. Todos aqui estão trabalhando e estão satisfeitos porque as mangueiras dos kits não entopem e gastam pouca água”, conta Wescley Silva Sousa, agricultor que mora no povoado Santa Rita do Sul, município de Presidente Dutra. Sousa decidiu deixar o emprego de carteira assinada em um hospital para se dedicar integralmente à lavoura ao lado de outros 15 produtores de sua comunidade.

O investimento resulta de programas do governo federal voltados para a universalização do acesso a água em comunidades rurais difusas e também de recursos do Orçamento Geral da União destinados à Codevasf por emendas parlamentares.

Hortaliças e frutas

Os kits familiares implantados pela Codevasf no Maranhão têm capacidade para irrigar uma área de 500 metros quadrados, no sistema de gotejamento, e são destinados a pequenos assentamentos ou grupos de produtores rurais para a produção de hortaliças ou frutas. Servem, portanto, para produzir alimentos para o consumo familiar e para a comercialização do excedente. Dentre as principais culturas estão milho, feijão, melancia, coentro, cebolinha, pimenta, pimentão, alface e abóbora.

“O equipamento apresenta vantagens como economia de água (comparado a outros sistemas), mantém seca a linha de cultivo, pode ser utilizado para fertirrigação, diminui a concentração de umidade nas folhas - e consequentemente a incidência de doenças foliares -, reduz o tempo da prática da irrigação, favorece o aumento da produtividade das culturas, permite plantios diversificados e consorciados e é facilmente operado pelos usuários”, ensina o engenheiro agrônomo Manoel NiMaranhãocolau Neto, analista na Gerência de Desenvolvimento Territorial da Codevasf.

Ilauro da Silva, do município de Colinas, é outro agricultor que aprova o equipamento implantado em sua propriedade. “É um sistema muito bom. Eu encho a caixa e molho durante mais ou menos uma hora e meia de manhã e à tarde. A renda cresceu”, celebra ele.

No Povoado Caminho do Centro do Meio, município de Bom Lugar, o agricultor Leonilson Miranda também comemora a melhoria do processo de trabalho trazida pelo kit de irrigação. “Antes eu plantava macaxeira só uma vez por ano, em dezembro; agora dá para plantar o ano todo porque a terra está sempre molhada. Antes do kit era bem mais difícil, gastava muita água”, lembra.

Segurança alimentar

De acordo com o superintendente regional da Codevasf no Maranhão, Jones Braga, a produção com uso dos kits familiares contribui para a segurança alimentar das famílias atendidas.

“Os resultados do trabalho de inclusão produtiva mediante o apoio à agricultura familiar são significativos. Esses agricultores, além da melhoria de vida por ter alimento de qualidade na mesa, ainda contam com o excedente da produção que permite uma renda familiar com a devida comercialização”, avalia o superintendente.

A previsão é de que, em 2017, a ação seja expandida para famílias de outros municípios não contemplados na primeira fase.

Monitor da ANA

De acordo com as informações mais recentes do Monitor de Secas da Agência Nacional de Águas, houve um agravamento da seca no Maranhão, principalmente na parte Norte, o que impactou na severidade da seca grave da região. Destaca-se ainda, segundo o sistema, o avanço, em direção ao norte, da área com seca extrema na parte centro-leste do estado.

As mudanças ocorreram porque as precipitações ao longo do mês
de setembro, praticamente em todo o estado, não foram suficientes para minimizar o quadro de seca observado em agosto. Para saber mais sobre o Monitor de Secas da ANA, acesse aqui.

Veja fotografias:
https://www.flickr.com/photos/codevasf/sets/72157674320866081

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