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Codevasf estuda ampliar experiência com camarão marinho em viveiros
A
experiência da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São
Francisco e do Parnaíba (Codevasf) com criação de camarão marinho
Litopenaeus vannamei
em viveiros de água
doce – que já registrou os primeiros resultados, animadores, em
Petrolina (PE) – poderá ser estendida para outras unidades geridas
pela Companhia nas bacias hidrográficas em que atua. O tema foi
discutido pelo presidente da Codevasf, Elmo Vaz, durante reunião, em
Brasília, com representantes da Associação Brasileira de Criadores
de Camarão (ABCC), que esclareceram dúvidas e fizeram recomendações
sobre a atividade.
“A ideia é diversificar a produção dos agricultores familiares instalados nessas áreas e oferecer novas alternativas de trabalho e renda para as famílias do semiárido”, explica Elmo Vaz. De acordo com os dados da ABCC, o Brasil explora hoje aproximadamente 23 mil hectares com essa espécie de camarão marinho, sendo 2 mil hectares em águas de baixa salinidade (provenientes de rios, açudes ou poços artesianos), e a grande maioria desses produtores interioranos, de acordo com a entidade, é formada por micro e pequenos carnicicultores.
Em Petrolina, a Codevasf realizou neste ano a primeira despesca de camarões produzidos pelo Centro Integrado de Recursos Pesqueiros e Aquicultura de Bebedouro, vinculado à superintendência da empresa em Pernambuco. A despesca, que consiste na retirada dos camarões de seus tanques, encerra um ciclo de experimentos voltados à aclimatação e à produção em viveiro do camarão marinho Litopenaeus vannamei. Cerca de 100 quilos de camarões foram recolhidos na despesca, realizada em instalações da Embrapa Semiárido, na zona rural de Petrolina.
Os camarões despescados pela Codevasf pesavam cada um entre 12 e 14 gramas, que é o exigido pelo mercado. Atualmente o quilo de camarão custa cerca de R$ 40 na região.
Os estudos para produção de camarão no vale do São Francisco tiveram início em 2012 e os primeiros testes de aclimatação ocorreram em 2013, com água do rio São Francisco e larvas oriundas do Ceará e do Rio Grande do Norte.
“A
técnica de cultivo e produção do camarão marinho Litopenaeus
vannamei, que é
originário do Oceano Pacífico, em águas oligohalinas da região
Nordeste já possui uma tecnologia que está disseminada em vários
estados, inclusive já apresentando elementos técnicos e econômicos
suficientemente sólidos para assegurar que essa atividade se
constitui numa viável oportunidade para a geração de renda,
empregos e negócios nos mais longínquos rincões do semiárido
brasileiro”, disseram os representantes da ABCC.
Centros
Integrados
A Codevasf possui sete Centros Integrados de Recursos Pesqueiros e Aquicultura que hoje são referência em pesquisa e reprodução de peixes para repovoamento do rio São Francisco e fomento à aquicultura comercial. São eles: Três Marias e Gorutuba, em Minas Gerais; Ceraíma e Xique-Xique, na Bahia; Bebedouro, em Pernambuco; Betume, em Sergipe; e Itiúba, em Alagoas.
Um acordo de cooperação técnica e operacional firmado entre Codevasf, Embrapa, Ministério da Pesca e Aquicultura e Governo do Estado do Piauí também viabilizará a operação de um Centro de Referência em Aquicultura e Recursos Pesqueiros no município de Parnaíba (PI).
Para
incrementar a estrutura de seus centros, a Companhia investiu, de
2007 a 2014, mais de R$ 25 milhões em obras e equipamentos, com
recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Para
manutenção e operação das unidades são aplicados, anualmente,
cerca de R$ 3 milhões.
Veja imagens ilustrativas no Flickr da Codevasf:
https://www.flickr.com/photos/codevasf/sets/72157648443339853/
Conheça a nova plataforma de divulgação de notícias da Rádio Codevasf:
https://soundcloud.com/codevasf