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Apoio da Codevasf favorece crescimento da apicultura em Sergipe
Os
resultados do apoio da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São
Francisco e do Parnaíba (Codevasf) à apicultura em Sergipe já
começam a aparecer. Apicultores contemplados com colmeias e
materiais de produção realizam as primeiras colheitas de mel e
pólen e comemoram a renda extra obtida com a atividade. No estado,
266 famílias inseridas no CadÚnico do governo federal, com renda
per capita de até R$ 77, foram contempladas com kits de apicultura
até o final de 2014, fruto de um investimento de R$ 1,5 milhão da
Codevasf.
Inserida no eixo de inclusão produtiva do Plano Brasil Sem Miséria, a ação resultou na distribuição de 2.660 colmeias de mel e pólen a apicultores de 11 municípios sergipanos. A meta é chegar, nos próximos meses, à marca de 300 famílias beneficiadas, somando um total de 3.000 colmeias fornecidas para inclusão produtiva. Cada kit familiar contém dez colmeias, cinco quilos de cera, duas vestimentas apícolas, um fumigador, um formão e uma carretilha.
A
ação de inclusão produtiva beneficiou famílias como a de José
Romildo Martins, apicultor do povoado Lagoa dos Bichos, em Itabi
(SE). Contemplado com um kit familiar em novembro de 2013, ele disse
estar animado com a produção e já faz planos para o próximo
período de colheita, que deve se iniciar em agosto. "Estou bem
satisfeito com as minhas colmeias. É uma renda a mais que vem para
ajudar o nosso trabalho na roça. Quero ver se eu faço uma reforma
lá em casa com esse dinheiro", contou o produtor.
Em
Japaratuba (SE), os resultados surpreendem os apicultores. Desde o
final de dezembro, já foram realizadas três colheitas de mel. De
acordo com a Associação dos Empreendedores do Arranjo Produtivo da
Apicultura e Meliponicultura do Vale do Japaratuba (Apivale), que dá
suporte aos apicultores locais, a produção chegou a uma tonelada e
meia – e deve aumentar até o início de março, quando se encerra
a safra atual. No município, 18 famílias foram contempladas com os
kits fornecidos pela Codevasf.
O presidente da Apivale, Jaime
Ribeiro da Silva, disse que a produção aumentou em relação à
safra do ano passado, a primeira após a doação dos kits
familiares. "Estamos muito gratos pelo apoio da Codevasf aos
apicultores da nossa região. É muito importante esse trabalho
envolvendo os pequenos produtores, o governo e as entidades
comunitárias, que aumentou a renda das famílias", declarou.
Cada família consegue arrecadar, em média, R$ 1.800 por colheita,
acrescenta.
Retorno
rápido
O
superintendente regional da Codevasf em Sergipe, Said Schoucair,
afirma que os investimentos em apicultura trazem um retorno rápido
aos produtores. “Com essa ação, a Codevasf oferece uma
alternativa econômica importante para centenas de famílias, que
conseguem produzir mel e pólen a um custo pequeno e com um
rendimento interessante. É um complemento que faz a diferença para
esses produtores”, declara.
A contratação de uma nova equipe de apoio técnico para a execução de ações do Plano Brasil Sem Miséria contribuirá para a Codevasf realizar novas ações na área de apicultura. “Com esse apoio, teremos mais facilidade para finalizar a doação de colmeias, kits e equipamentos”, afirma Thompson Ribeiro, chefe da Unidade de Desenvolvimento Territorial da Codevasf no estado. A equipe de apoio técnico, contratada por R$ 358,8 mil, iniciou os trabalhos no dia 4 de fevereiro.
Além
de fornecer kits familiares, a Codevasf já contemplou 13 entidades
comunitárias com equipamentos para o beneficiamento do mel e do
pólen. As entidades dão suporte aos apicultores familiares,
promovem o associativismo e o cooperativismo, beneficiam os produtos
apícolas, mantendo a qualidade e agregando valor à produção. Nos
próximos dias, três entidades comunitárias nos municípios de
Monte Alegre de Sergipe, Canindé de São Francisco e Pacatuba serão
contempladas com novos equipamentos.
Desde
o início dos trabalhos, em 2012, a Codevasf já investiu mais de R$
1,5 milhão na aquisição de materiais de produção, equipamentos
de beneficiamento e contratação de equipe de apoio para
cadastramento e seleção de beneficiários. Os recursos são
provenientes da Secretaria de Desenvolvimento Regional do Ministério
da Integração Nacional (SDR/MI). A ação faz parte do programa
Desenvolvimento Regional Territorial Sustentável e Economia
Solidária, que integra o Plano Brasil Sem Miséria.
Cadastro
Único
A base de dados que identifica e caracteriza famílias de baixa renda é o Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico). Trata-se de um instrumento que permite conhecer a realidade socioeconômica dessas famílias, trazendo informações de todo o núcleo familiar, das características do domicílio, das formas de acesso a serviços públicos essenciais e também dados de cada um dos componentes da família.
A partir da consolidação feita pelo governo federal dos dados coletados no CadÚnico, o poder público pode formular e implementar políticas específicas, que contribuem para a redução das vulnerabilidades sociais a que essas famílias estão expostas. Baseado nessas informações, o governo federal instituiu o Plano Brasil sem Miséria e definiu o principal público a ser beneficiado com essas ações: famílias que se encontram em situação de extrema pobreza e com renda per capita mensal de até R$ 77.
O CadÚnico é coordenado pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), devendo ser obrigatoriamente utilizado para seleção de beneficiários de programas sociais do governo federal.
Créditos: Bruno Rocha/Codevasf (foto 1) e José Luiz Oliveira/Codevasf (foto 2)
Veja imagens ilustrativas no Flickr da Codevasf:
https://www.flickr.com/photos/codevasf/sets/72157644206727861
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