Notícias
Nova política de desenvolvimento regional é apresentada na Codevasf
A nova proposta de Política Nacional de Desenvolvimento Regional – fase II (PNDR II) foi apresentada nesta sexta (1º) pelo secretário de desenvolvimento regional do Ministério da Integração Nacional, Sérgio Castro, para uma plateia de gestores públicos no auditório da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), em Brasília. A proposta foi desenvolvida a partir das contribuições recebidas ao longo do processo da 1ª Conferência Nacional de Desenvolvimento Regional.
De acordo com Castro, a Codevasf é um braço fundamental para a execução dessa política. “É uma empresa que tem uma história de ação no desenvolvimento, especialmente da região nordeste, extremamente importante, uma grande capilaridade e certamente terá um papel decisivo nesse novo momento onde deixamos de atuar apenas com nossos instrumentos tradicionais de política para atuar fortemente na coordenação de diversas políticas federais, estaduais, territoriais, para promover as transformações que são necessárias”, destacou o secretário.
A gerente de Desenvolvimento Territorial da Codevasf, Kênia Marcelino, reforçou a importância de se estabelecer políticas que nortearão as diretrizes prioritárias para as ações de desenvolvimento regional. Segundo ela, a Codevasf participou dos debates e auxiliou na articulação nos estados onde ela atua, inclusive com representantes da Codevasf como delegados da Conferência. “Ou seja, essa política que está sendo apresentada foi construída nas bases, com a participação da sociedade civil, de entidades públicas, do terceiro setor, de empresas, ela foi construída! O que está sendo apresentado é uma consolidação do trabalho que foi realizado”, acrescentou.
Durante sua apresentação, o secretário destacou a amplitude do processo de discussão da política que envolveu 13 mil pessoas, todas as regiões e estados, diversos segmentos como agricultores familiares, indígenas e quilombolas. Dos debates na conferência, continuou ele, ficou a mensagem de que o Brasil precisa de uma nova política de desenvolvimento regional. “Apesar dos avanços recentes ainda somos um dos países mais desiguais do mundo”, informou.
Ele falou sobre os desafios do nosso país que possui falta de acesso à saúde, à educação e a serviços básicos e uma base produtiva frágil e mal distribuída. “É preciso que haja uma política de estado de fato, capaz de dar respostas a esses desafios”, disse.
O secretário explicou que a primeira PNDR tinha como alicerce apenas um objetivo e esta segunda fase está embasada em quatro objetivos principais, subordinados a um objetivo maior de fortalecer a coesão social, econômica, política e territorial, que são: convergência, competitividade regional e geração de emprego e renda, agregação de valor e diversificação econômica e a construção de uma rede de cidades policêntrica, ou seja, “mais equilibradas, já que o desenvolvimento está baseado em cidades e hoje a rede urbana é muito desigual”, concluiu.
Participaram do evento representantes de instituições que ocupam lugar central na agenda do desenvolvimento regional brasileiro, como o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e a Confederação Nacional da Indústria (CNI).
Ouça a notícia na Rádio Codevasf: