Produção de húmus

Buscando reduzir os resíduos sólidos lançados na bacia do rio São Francisco, a Superintendência Regional da Codevasf em Aracaju iniciou a capacitação de jovens rurais na produção de húmus, tendo como matéria-prima resíduos orgânicos domésticos. Hoje, com o avanço da agricultura orgânica, a produção de húmus tem ganhado mercado cada vez mais ascendente. Em Aracaju, um saco de 5 kg de húmus é vendido, em média, a R$ 3,40, sendo comercializado junto ao produtor em média por R$ 2,00.

Considerando que esse produto utiliza como matéria-prima o lixo doméstico, a reciclagem com vista à produção de húmus pode ser considerada como uma ótima opção de renda às comunidades rurais devido ao aproveitamento de uma matéria que seria descartada, poluindo o ambiente. A Codevasf espera que os jovens produzam inicialmente 500kg de húmus/mês gerando uma renda à comunidade de R$ 1.000/mês.

Essa ação foi fruto de convênio celebrado entre a Codevasf e a Associação de Moradores de Nova Brasília – AMANB, que junto com técnicos do Instituto Bioterra, capacitaram 12 jovens para iniciar a atividade. “Existe uma grande resistência dos jovens a atuar nessa área devido à questão de selecionar o lixo, mas esperamos que o sucesso desses 12 jovens possa estimular a atividade na região do Projeto Amanhã”, disse Marta Virginia Porto Prado, pedagoga e coordenadora do convênio Codevasf/AMANB.

A idéia surgiu do coordenador regional do Projeto Amanhã em Sergipe, engenheiro florestal Ronaldo Pereira, que está engajado no programa de revitalização do rio São Francisco. A intenção é a redução do lixo que hoje é depósito nas margens dos rios e nas florestas nas áreas rurais. Com essa atividade de capacitação e mobilização ambiental, a Codevasf espera que ações na busca de revitalização do rio São Francisco, possam ao mesmo tempo gerar renda às comunidades do Baixo São Francisco Sergipano. O engenheiro explica que os jovens integrantes do Projeto Amanhã estão diretamente envolvidos no programa de Revitalização do Rio São Francisco. Segundo ele, as ações de capacitação produtiva estão gerando renda e ao mesmo tempo proporcionando uma revitalização na bacia. " O trabalho com húmus visa ensinar e incentivar os jovens a coletar de forma seletiva o seu lixo e gerar renda através dessa ação. Esperamos que cada jovens possa ter uma renda mínima de R$ 300,00/mês com a produção de húmus e reduzir a poluição por resíduos sólidos nas margens dos rios", acrescentou Ronaldo.