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R$ 51,3 milhões serão investidos na revitalização do Parque Nacional da Serra da Canastra (MG)

O Parque Nacional da Serra da Canastra (Parnacanastra), em São Roque de Minas (MG), receberá investimentos da ordem de R$ 51,3 milhões. Os recursos serão aplicados pelo Ministério da Integração Nacional (MI), por meio da Codevasf, para recuperação das estradas e acessos ao local que abriga as nascentes históricas do rio São Francisco. Uma vistoria técnica às obras será feita nesta quinta (27) pelo ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho, junto com os diretores da Codevasf Guilherme Almeida (Desenvolvimento Integrado e Infraestrutura) e José Augusto Nunes (Revitalização de Bacias Hidrográficas).
publicado: 01/07/2022 15h41, última modificação: 06/10/2023 17h11

O Parque Nacional da Serra da Canastra (Parnacanastra), em São Roque de Minas (MG), receberá investimentos da ordem de R$ 51,3 milhões. Os recursos serão aplicados pelo Ministério da Integração Nacional (MI), por meio da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), para recuperação das estradas e acessos ao local que abriga as nascentes históricas do rio São Francisco.  Uma vistoria técnica às obras será feita nesta quinta (27) pelo ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho, junto com os diretores da Codevasf Guilherme Almeida (Desenvolvimento Integrado e Infraestrutura) e José Augusto Nunes (Revitalização de Bacias Hidrográficas).

Ainda como parte da agenda de trabalho em Minas, será dada ordem de serviço para as obras de implantação do sistema de esgotamento sanitário de Arcos, um investimento de R$ 15,9 milhões, e  para a reforma do Centro de Atenção ao Turista no Parque Nacional da Serra da Canastra, onde serão aplicados R$ 200 mil. As ações fazem parte do Programa de Revitalização da Bacia Hidrográfica do São Francisco, executado pela Codevasf em sua área de atuação, com recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

As obras no Parnacanastra consistem na recuperação das estradas e acessos ao Parque numa extensão total de 193,45 km, sendo 176,73 km de revestimento primário; 6 km em calçamento do tipo bloquete; 8,12 km de acessos para pedestres e 2,6 km em calçamento do tipo bloquete - ligando o município de São Roque de Minas à entrada do Parque Nacional. As obras e serviços a serem executados contemplam readequação do leito estradal, drenagem, sinalização e obras de arte, bem como intervenção de melhoria aos acessos exclusivos para pedestres.

“A realização das obras promoverá readequação ambiental e melhorias na trafegabilidade das estradas internas e de acesso ao parque. Consequentemente, promoverá a redução de processos erosivos ocasionados pelo escoamento das águas pluviais sobre o leito estradal, aumentando a qualidade da água das nascentes e contribuindo com a disponibilidade hídrica na Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco”, explica o diretor da Codevasf Guilherme Almeida, que representará o presidente da Companhia, Elmo Vaz, na agenda. Além disso, a obra facilitará a gestão e fiscalização do Parque e impulsionará o turismo ecológico no local, contribuindo com o desenvolvimento regional.

Berço do Velho Chico

O Parque Nacional da Serra da Canastra foi criado por Decreto Federal em 1972, com o objetivo de recuperar, proteger e preservar uma área total de 200 mil hectares, onde são abrigadas as primeiras nascentes do rio São Francisco. Na parte alta do Parnacanastra, em Minas Gerais, o pequeno "Chico" percorre o primeiro trecho de um longo percurso. Depois de despencar na Casca Danta, atravessa a Bahia, faz divisa ao norte com Pernambuco, e constitui divisa natural entre Sergipe e Alagoas. Deságua no Oceano Atlântico; percorre mais ou menos 2.830 quilômetros.

A região apresenta flora com espécies endêmicas (só nascem e proliferam naquele habitat) e espécimes da fauna consideradas em extinção, caso do tatu-canastra, do lobo-guará, do tamanduá-bandeira e do pato-mergulhão. 

De acordo com dados e mapas do IBGE, a área total do Parnacanastra situa-se na região oeste (São Roque de Minas e Vargem Bonita) e região sul/sudoeste (Sacramento, Capitólio, Delfinópolis, São João Batista do Glória) de Minas Gerais. A maior parte da atual área de proteção ambiental (71 mil hectares), cerca de 70%, se encontra dentro do município de São Roque de Minas.