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Codevasf repovoa pantanal alagoano com espécies nativas do rio São Francisco

A várzea de Marituba do Peixe recebeu cerca de 200 mil peixes jovens de espécies nativas da bacia do rio São Francisco, na última sexta-feira (1º), durante peixamento realizado pela Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf). Os peixamentos na várzea são realizados anualmente pela Codevasf há 22 anos como ação de repovoamento do chamado "Pantanal Alagoano", área de proteção ambiental – inserida entre os municípios de Penedo, Piaçabuçu e Feliz Deserto –, considerada um berçário de espécies nativas do rio São Francisco.
publicado: 04/02/2013 17h25, última modificação: 06/10/2023 17h11

 A várzea de Marituba do Peixe recebeu cerca de 200 mil peixes jovens de espécies nativas da bacia do rio São Francisco, na última sexta-feira (1º), durante peixamento realizado pela Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf). Os peixamentos na várzea são realizados anualmente pela Codevasf há 22 anos como ação de repovoamento do chamado "Pantanal Alagoano", área de proteção ambiental – inserida entre os municípios de Penedo, Piaçabuçu e Feliz Deserto –, considerada um berçário de espécies nativas do rio São Francisco.

Os peixes jovens inseridos na várzea são das espécies pacamã, xira, piau, dourado, piaba e matrinxã. Todos os animais foram produzidos no Centro Integrado de Recursos Pesqueiros e Aquicultura de Itiúba (Ceraqua São Francisco), unidade da Codevasf localizada no município de Porto Real do Colégio (AL) e responsável, além da produção de alevinos, por realizar estudos e pesquisas científicas e tecnológicas para aplicação no Programa de Revitalização da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco.

No mesmo dia, foram entregues a representantes da Colônia de Pescadores Z-12 aproximadamente seis mil alevinos das espécies tilápia e tambaqui para distribuição entre piscicultores familiares associados à colônia.

O peixamento foi realizado no povoado Marituba de Baixo e contou com as presenças do superintendente regional da Codevasf em Alagoas, Luiz Alberto Moreira, do secretário de Governo da Prefeitura Municipal de Penedo, Bili Marques, que representou o prefeito Marcius Beltrão, do vereador Derivan Thomaz, que representou a Câmara Municipal de Vereadores de Penedo, do presidente da Cooperativa de Colonização Agropecuária de Penedo (Coopenedo), Ronaldo Luiz dos Santos, de lideranças comunitárias, de pescadores artesanais, de técnicos da Codevasf e da população das comunidades de Marituba do Peixe.

Para o pescador artesanal Manoel dos Santos, representante da Colônia de Pescadores Z-12 no evento, os peixamentos realizados para repovoamento da Marituba do Peixe e de outras áreas ao longo do rio São Francisco são fundamentais para a manutenção da pesca artesanal na região. "Acredito que, se não fossem esses peixamentos que a Codevasf faz, não haveria mais pescadores. Só existe pescador, se tiver o peixe, não é assim? São por volta de 22 anos que a Codevasf realiza esse trabalho. E o colega pescador todo dia reconhece o resultado. Quando eles pegam peixe, lembram logo do peixamento", afirmou.

O presidente da Associação dos Moradores do Povoado Marituba de Cima, o pescador Adailton Vieira, alertou à comunidade para a não utilização de malhas que coloquem em risco os resultados do peixamento. "Quero falar para os pescadores de nossa região que tenham consciência para não pescar com a malha 07, 08 e 09, pois eles irão retirar mais de 40% desses peixes colocados no peixamento de hoje. Esses peixes são a riqueza para nossa comunidade. Então, tem que pescar com consciência para que esses peixes beneficiem toda a comunidade."

O secretário de Governo da Prefeitura de Penedo, Bili Marques, parabenizou a Codevasf pela execução periódica do repovoamento ambiental de Marituba do Peixe. "Venho acompanhando os peixamentos da companhia nesta área há alguns anos. A Prefeitura de Penedo agradece essa parceria que leva desenvolvimento a nossa região. Queremos fazê-la cada vez mais forte. A Codevasf tem atendido às demandas das comunidades, sejam de pescadores artesanais, sejam de piscicultores. Como historiador, tenho estudado o desenvolvimento de nossa região e pude verificar que se não fosse a presença da Codevasf, nossa região não atingiria o nível de desenvolvimento atual. Mas estamos num processo de desenvolvimento amplo que envolve os governos Federal, Estadual e municipais", declarou.

O vereador Derivan Thomaz é natural da Marituba do Peixe e há anos acompanha os peixamentos realizados na área de proteção ambiental. "Ao longo desses anos, a Codevasf tem proporcionado à população da Marituba do Peixe uma situação de autossustentabilidade com as condições para que as famílias sobrevivam da pesca. Agradeço a Codevasf pelos sucessivos peixamentos. Temos ainda as obras de urbanização realizadas pela Codevasf. Tudo isso, traz qualidade de vida aos moradores", afirmou.

Segundo o superintendente regional da Codevasf em Alagoas, Luiz Alberto Moreira, as ações de peixamento têm dupla importância, uma ambiental e outra social. "O que se busca com a execução dos peixamentos é, em primeiro lugar, aumentar os estoques pesqueiros, ou seja, a quantidade e variabilidade de espécies, com foco no repovoamento das lagoas e rios da bacia do São Francisco. Essa é uma demanda ambiental. Por outro lado, os peixamentos têm uma importância fundamental para a geração de renda, em especial para os pescadores artesanais e suas famílias, atuando também como fator de segurança alimentar, já que a comunidade poderá retirar diretamente o alimento das lagoas da várzea", explicou.

Os peixamentos são ações realizadas pela Codevasf ao longo do rio São Francisco, em seus afluentes, lagoas marginais e açudes púbicos e comunitários. Essas iniciativas integram as ações do Programa de Revitalização da Bacia do São Francisco, executado pela Codevasf, e pretendem atuar no repovoamento da bacia com espécies nativas, na geração de renda e segurança alimentar e na educação ambiental das comunidades envolvidas.