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Bacia do rio Parnaíba receberá 100 mil alevinos nesta quinta

O encontro dos rios Parnaíba e Poti, na área urbana de Teresina (PI), ganhará na próxima quinta-feira (4) 100 mil alevinos da espécie curimatã, peixe nativo da bacia do Parnaíba, inseridos por meio de uma parceria entre governo do estado, Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (DNOCS) e Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf). Este será o segundo peixamento realizado no estado do Piauí, nesse ano, com a participação da Codevasf. O objetivo é repovoar recursos hídricos da região com a inserção de peixes jovens e alevinos de espécies nativas na Bacia Hidrográfica do Rio Parnaíba.
publicado: 03/07/2013 14h23, última modificação: 06/10/2023 17h11

O encontro dos rios Parnaíba e Poti, na área urbana de Teresina (PI), ganhará na próxima quinta-feira (4) 100 mil alevinos da espécie curimatã, peixe nativo da bacia do Parnaíba, inseridos por meio de uma parceria entre governo do estado, Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (DNOCS) e Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf). Este será o segundo peixamento realizado no estado do Piauí, nesse ano, com a participação da Codevasf. O objetivo é repovoar recursos hídricos da região com a inserção de peixes jovens e alevinos de espécies nativas na Bacia Hidrográfica do Rio Parnaíba.

Os alevinos serão levados até o local em "transfish" - caixa de transporte de peixes vivos, para então serem soltos no rio. Os peixes que serão usados no repovoamento são produzidos na estação de piscicultura Ademar Braga, em Piripiri (PI). A estação produz alevinos de espécies nativas que serão destinadas ao povoamento de reservatórios, açudes, rios e produção em tanques-redes distribuídos em todo estado.

O peixamento é uma atividade que visa ao repovoamento de um corpo d'água utilizando-se larvas, alevinos ou juvenis de peixes. Para que ocorra o peixamento, várias etapas anteriores são cumpridas, começando pela coleta e escolha das matrizes, a reprodução em cativeiro, a produção dos alevinos e seu transporte, até a introdução dos peixes no corpo d’água. O evento faz parte das ações estratégicas da empresa para revitalização da Bacia Hidrográfica do Rio Parnaíba e é resultado do planejamento de soltura de peixes nativos do rio Parnaíba, iniciado em abril deste ano.
 
Segundo o coordenador estadual do DNOCS, José Carvalho, em seis meses os pescadores já poderão retirar os peixes do rio. "O mais importante é permitir o repovoamento do rio. É um reforço à preservação da espécie. Essa ação vai beneficiar toda a população ao longo da bacia do Parnaíba. O trabalho em parceria com a Codevasf é contínuo. Este é um apoio para garantir a perpetuação de uma espécie muito importante para nossa população", enfatiza Carvalho.

A ação é apoiada por diversos parceiros como a Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR), Secretaria de Meio Ambiente (Semar),  Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA), Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (CHESF), Federação de Pescadores, Sindicato dos Pescadores e Pescadoras Artesanais de José de Freitas (Sindipesca), Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), entre outros.

A produção de alevinos de espécies nativas para recomposição da ictiofauna de rios, lagoas e grandes reservatórios hídricos visa não só à revitalização desses ambientes,  mas também a sustentabilidade da atividade pesqueira, com o aumento da abundância de peixes e a diminuição dos efeitos da pressão do esforço de pesca sobre algumas espécies mais visadas, além de adicionalmente possibilitar a recuperação do estoque de algumas espécies de peixes que se encontram ameaçadas de extinção. Os peixamentos também são uma importante forma de divulgar conceitos de educação ambiental com foco na interdependência entre conservação da biodiversidade, qualidade de vida e economia local.

A primeira ação da Companhia no estado este ano inseriu cerca de 30 mil peixes da espécie nativa curimatã na barragem Salinas, em São Francisco do Piauí (PI). O peixamento foi realizado em parceria com as prefeituras municipais de São Francisco do Piauí e de Oeiras (PI), e mobilizou piscicultores da colônia de pescadores Z-24, autoridades municipais e moradores que acompanharam a soltura dos peixes.


Os peixamentos fazem parte das ações estratégicas da Codevasf para revitalização da bacia hidrográfica do Rio Parnaíba, que se inciaram após reunião na Superintendência Regional do Piauí com a participação de diversas entidades e a visita do biólogo Yoshimi Sato, doutor em Ecologia e Recursos Naturais pela Universidade de São Carlos, que trabalha no Centro Integrado de Recursos Pesqueiros e Aquicultura da Codevasf, no município de Três Marias, em Minas Gerais.