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Codevasf financia programas de armazenamento de água

Duas iniciativas voltadas para a captação e armazenamento de água em regiões com baixos índices pluviométricos estão trazendo mais qualidade de vida para milhares de pessoas do Semiárido brasileiro. Isso acontece por meio dos programas “Um Milhão de Cisternas Rurais” (P1MC) e “Uma Terra e Duas Águas” (P1+2), ambos criados pela Articulação no Semiárido Brasileiro (ASA) e financiados pelo Governo Federal através da Codevasf e do Ministério do Desenvolvimento Social.
publicado: 02/06/2009 09h14, última modificação: 01/11/2022 14h11

Duas iniciativas voltadas para a captação e armazenamento de água em regiões com baixos índices pluviométricos estão trazendo mais qualidade de vida para milhares de pessoas do Semiárido brasileiro. Isso acontece por meio dos programas “Um Milhão de Cisternas Rurais” (P1MC) e “Uma Terra e Duas Águas” (P1+2), ambos criados pela Articulação no Semiárido Brasileiro (ASA) e financiados pelo Governo Federal através da Codevasf e do Ministério do Desenvolvimento Social.

No mês passado, uma comissão responsável por avaliar os resultados dos programas visitou duas cidades de Pernambuco para observar os impactos sociais junto à população, principalmente no tocante à segurança alimentar. É que através do P1+2 são construídas cisternas com maior capacidade de armazenamento de água a qual é destinada para consumo humano e produção de alimentos. “Aqui a gente já tem muitas fruteiras como manga, pinha, goiaba, banana. Agora é trabalhar para conseguir uma forma de processamento para as frutas”, diz a agricultora Maria Ramalho.

Na zona rural dos municípios de Buíque e Arcoverde (PE), técnicos da Codevasf acompanharam a comissão que tem membros da ASA, do MDS e do Conselho de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea). A equipe conversou com moradores e vistoriou cisternas domésticas, barragens subterrâneas, cisternas de placa e tanques de pedra. Os agricultores demonstraram satisfação com os reservatórios de água e os outros empreendimentos hídricos construídos pela ASA com recursos da Codevasf. “As famílias estão bastante motivadas para produzirem alimentos mais saudáveis como verduras e hortaliças. Isso vai enriquecer a alimentação dessas comunidades”, observa o chefe da Unidade de Meio Ambiente da Codevasf em Petrolina, Luiz Gonzaga Junior.

Depois da visita em campo, a comissão de avaliação reencontrou-se na sede da ASA em Recife para fazer um diagnóstico dos programas. A participação direta dos beneficiados na execução das obras foi considerada uma das principais causas para o bom andamento dos projetos. “O que se percebe é um protagonismo dessas pessoas. Elas atuam em todas as etapas do processo”, pontuou Antônio Barbosa, coordenador do P1+2. Para Luiz Gonzaga isso também está refletido nos cuidados das famílias com a conservação das obras. “Devemos sempre conscientizar os agricultores sobre a limpeza das cisternas e dos tanques de pedra para evitar que a água fornecida seja contaminada”, alertou.

ASA - A Articulação no Semiárido Brasileiro (ASA) é um fórum composto por 750 organizações sociais espalhadas pela região Nordeste (exceto o Maranhão) e Minas Gerais. O P1MC já construiu cerca de 260 mil cisternas e foi o vencedor do Prêmio Sementes 2009, promovido pela ONU. O P1+2 é voltado às famílias detentoras de água para consumo humano, daí ser conhecido como o programa da segunda água. Isso porque, com reservatórios de 52 mil litros, a água no P1+2 serve principalmente para a produção agrícola.

A Codevasf é financiadora dos dois programas no âmbito do Semiárido. No P1MC, investe, através de convênio com a AP1MC (pessoa jurídica que representa a ASA), o valor de R$ 12,6 milhões. Já no P1+2, o destaque orçamentário é de aproximadamente R$ 20 milhões repassados ao Ministério do Desenvolvimento Social.