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RESÍDUO DE UVA PODE SER USADO PARA ENGORDA DE OVINOS

publicado: 29/09/2004 11h40, última modificação: 01/11/2022 14h00

Nordeste rural

É uma nova possibilidade de aproveitamento do resíduo da uva processada na produção do vinho. O material poderá se tornar em um bom ingrediente para a engorda de ovinos. O uso do resíduo de uva processada deve ser combinado com forrageiras tradicionais, a exemplo de raspa de mandioca, farelo de milho e farelo de palma.

A experiência, desenvolvida pela Embrapa Semi-árido, em Petrolina, já rendeu os primeiros resultados positivos: promoveu ganhos de peso nos animais de 71, 117 e 132 g/dia, respectivamente.

O potencial forrageiro do resíduo de uva está sendo avaliado pelo pesquisador Gherman Garcia Leal de Araujo. Os objetivos atendem a uma demanda do programa "Apoio à Cadeia Produtiva da Ovinocaprinocultura Brasileira" do Ministério da Ciência e Tecnologia que promove o aproveitamento de alimento forrageiro disponível em cada região. O subproduto da agroindústria do vinho se enquadra nessa demanda.

No Vale do São Francisco, em especial no Pólo de Irrigação de Juazeiro/Petrolina, o resíduo é um material já abundante nas vinícolas. Parte dele é usado como adubo nos parreirais e o restante é queimado. O uso desse resíduo é uma maneira de reciclar seus nutrientes e pode ser um importante fator de redução de custos de produção.

Esta alternativa de alimento animal pode estar disponível para os rebanhos do Sertão do Vale do São Francisco. A quantidade de animais nessa região é uma das maiores de todo o país. O desempenho produtivo, no entanto, é baixo, em conseqüência dos parcos recursos tecnológicos a forte dependência que os sistemas de criação pecuária tem da vegetação da caatinga como fonte quase que exclusiva de forragem para os animais.