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CODEVASF E IBAMA INICIAM AÇÕES PARA RECUPERAÇÃO DA BIODIVERSIDADE

publicado: 26/07/2004 12h20, última modificação: 01/11/2022 14h01

Biodiversidade

O Ibama iniciou, em maio deste ano, um trabalho que busca identificar fragmentos florestais onde há ocorrência de uma nova espécie de primata, conhecida como Guigó de Sergipe (Callicebus coimbrai), e definir estratégia para sua conservação. A CODEVASF/SE, por meio do engenheiro florestal Ronaldo Fernandes Pereira, especialista em Biologia da Conservação e Desenvolvimento Sustentável, tem apoiado essa iniciativa, que está de acordo com as linhas de base do Programa de Revitalização da Bacia do Rio São Francisco.

Essa nova espécie, descoberta em 1999, no município de Pacatuba - SE, é endêmica da Mata Atlântica Sergipana (ou seja, que só ocorre nessa área) e grande parte de suas populações está concentrada em áreas do baixo São Francisco sergipano. Sua preservação é hoje uma meta nacional e uma prioridade para o Centro de Proteção de Primatas Brasileiro. Atualmente este primata é um dos animais mais ameaçado de extinção no Brasil e sua situação é ainda mais séria do que a do Mico Leão Dourado. “A recuperação da biodiversidade faunística é um dos processos fundamentais para revitalizar os ecossistemas do baixo São Francisco, uma vez que a maioria dos animais é dispersora de sementes e polinizadores, atuando na recuperação e preservação da “saúde” dos ecossistemas", disse Ronaldo.

 Além de estar vinculada à revitalização do rio São Francisco, esta ação também é compatível com o Programa de Turismo Sustentável do Baixo São Francisco, desenvolvido pela CODEVASF/ Sergipe, em parceria com diversos órgãos e instituições do estado. A superintendência regional da empresa vê, na transversalidade institucional de ações, um ponto vital para o sucesso do processo de revitalização do rio São Francisco em Sergipe. “O apoio a programas desta natureza é a melhor maneira de mostrar a responsabilidade ambiental da empresa e a forma correta de promover o desenvolvimento sustentável da região”, disse o superintendente da CODEVASF/Sergipe, Paulo Viana.

O baixo São Francisco é a única área da Bacia do São Francisco que possui remanescentes florestais de Mata Atlântica, o bioma brasileiro mais ameaçado pela ação do homem. No Baixo São Francisco Sergipano os fragmentos de Mata Atlântica estão concentrados na região de Pacatuba, Brejo Grande, Neópolis, Japaratuba, Ilha das Flores, Pirambu, Capela e Japoatã. A região da foz do São Francisco é apontada como área prioritária para conservação da biodiversidade no âmbito nacional.