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Cisternas do programa Água para Todos beneficiam comunidades rurais do norte de Minas

O dia começa cedo na fazenda de dona Maria Jordelina de Souza, moradora da comunidade de Jatobá, no município de Coração de Jesus, no norte de Minas. Fazer o café, lavar a roupa e alimentar a criação de animais são algumas das atividades que fazem parte do cotidiano da dona de casa. Na hora do almoço, o sabor fica por conta das comidas caseiras que ela prepara para o marido. Após lavar a louça, é hora de limpar o restante da casa. E para todos os afazeres, um ingrediente é essencial: a água.
publicado: 21/01/2015 19h09, última modificação: 01/11/2022 14h27

O dia começa cedo na fazenda de dona Maria Jordelina de Souza, moradora da comunidade de Jatobá, no município de Coração de Jesus, no norte de Minas. Fazer o café, lavar a roupa e alimentar a criação de animais são algumas das atividades que fazem parte do cotidiano da dona de casa. Na hora do almoço, o sabor fica por conta das comidas caseiras que ela prepara para o marido. Após lavar a louça, é hora de limpar o restante da casa. E para todos os afazeres, um ingrediente é essencial: a água.

A facilidade com que dona Maria Jordelina vivencia a sua rotina diária, assim como muitos brasileiros, só é possível porque ela é uma das beneficiárias do programa Água Para Todos, executado pela Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) na região.

Até o fim deste semestre a Codevasf terá concluído a meta de instalar no vale do São Francisco, em Minas Gerais, 27.506 cisternas de polietileno, beneficiando igual número de famílias em 1.807 comunidades rurais, espalhadas por 42 municípios. Oitenta por cento da meta estabelecida já foi alcançada e hoje faltam pouco mais de cinco mil unidades para serem instaladas. “Antes de eu receber essa cisterna, era tudo uma loucura. Pegávamos água de um poço que já estava quase secando, por isso toda a semana faltava água. A benção foi quando vi o anúncio chamando a gente, aqui da comunidade, para participar do programa”, relembra dona Maria Jordelina.

O superintendente da Codevasf em Minas Gerais, Dimas Rodrigues, explica que a estratégia para que o atendimento chegasse às famílias realmente necessitadas desse e de forma democrática foi a de criação de Comitês Gestores, formados por moradores dos municípios beneficiados, lideranças comunitárias, representantes municipais ligados ao serviço de ação social, técnicos da Codevasf e representantes dos poderes executivo e legislativo municipais.

Rodrigues esclarece ainda que todos os beneficiários precisam integrar o Cadastro Único de Programas Sociais do Governo Federal – CadÚnico. Em seguida, a equipe de campo composta por técnicos contratados pela Codevasf visitam todas as comunidades rurais beneficiadas para realizar a validação dos cadastros, que, após aprovação, são repassados à empresa contratada para o fornecimento e a implantação das cisternas. A mesma empresa realiza a montagem de calhas, tubulações e bombas. Tudo isso é feito após detalhada explicação sobre o uso correto do equipamento.

Cisterna do programa Água para TodosSegundo o engenheiro agrônomo da Codevasf Vandilson Soares Cunha, coordenador local do programa executado pela Companhia, essas cisternas podem armazenar até 16 mil litros de água da chuva, o suficiente para abastecer uma família de cinco pessoas durante seis meses de estiagem. Nesse período a água pode e deve receber o tratamento adequado para consumo humano; basta para isso o usuário seguir as orientações que recebem dos técnicos da Codevasf.

Domingas Alves de Souza, residente da comunidade de Barreiro de Baixo, também no  município de Coração de Jesus, trocou a captação de água em poços tubulares pelo armazenamento em cisternas. “Graças a Deus a minha cisterna está cheia. Dá gosto acordar de madrugada e ouvir o barulho da água enchendo ela, em vez de escorrer pelo terreiro e ir embora”, diz.

No caso da aposentada Marilúcia Matos Vieira, a cisterna instalada pela Codevasf já chegou a abastecer duas famílias em seus afazeres domésticos. “Eu e meu filho éramos vizinhos e, naquela época, só ele tinha a cisterna. Então, já que a água que eu buscava em uma nascente era pouca, ele dividia a água dele e da esposa com toda a nossa família”, conta a aposentada, residente da comunidade de São José da Carapina, em Coração de Jesus. Hoje ela possui o próprio sistema de captação de água, que é usado principalmente nos períodos de seca, em que a água da nascente e do poço tubular não é suficiente para suprir suas necessidades básicas. “A água é vida. Onde não tem água, não tem vida”, resume dona Marilúcia.

Veja fotografias no perfil da Codevasf no Flickr:
https://www.flickr.com/photos/codevasf/sets/72157645151309456

Ouça as notícias da Rádio Codevasf:
https://soundcloud.com/codevasf