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Artesanato faz parte da identidade sociocultural do Baixo São Francisco sergipano e gera renda para população local

O artesanato é uma importante manifestação da cultura popular dos sergipanos e uma atividade econômica de grande alcance no estado. De acordo com o Aracaju Convention & Visitors Bureau, existem mais de 4.700 artesãos cadastrados em Sergipe e quase 90% dos 75 municípios apresentam algum tipo de produção artesanal. No Baixo São Francisco sergipano, o artesanato se exibe em diferentes formas e cores, utilizando variadas matérias-primas, e constitui-se um elemento da identidade sociocultural da população local.
publicado: 04/07/2014 11h10, última modificação: 01/11/2022 14h31

O artesanato é uma importante manifestação da cultura popular dos sergipanos e uma atividade econômica de grande alcance no estado. De acordo com o Aracaju Convention & Visitors Bureau, existem mais de 4.700 artesãos cadastrados em Sergipe e quase 90% dos 75 municípios apresentam algum tipo de produção artesanal. No Baixo São Francisco sergipano, o artesanato se exibe em diferentes formas e cores, utilizando variadas matérias-primas, e constitui-se um elemento da identidade sociocultural da população local.

O maior exemplo da força do artesanato na região é o antigo povoado Carrapicho, atual município de Santana do São Francisco. A cerâmica em barro é o principal atrativo da pequena cidade às margens do Velho Chico, onde milhares de peças são encontradas até mesmo nas janelas e portas das casas. Estima-se que 70% dos moradores trabalham com a cerâmica em Santana do São Francisco, um dos mais conhecidos é o artista José Roberto Freitas, o ‘Beto Pezão’, conhecido por representar em suas obras de argila os traços da gente nordestina.

Mas não é somente do barro que é criada a rica produção local. Em Pirambu e Pacatuba, no litoral norte do estado, é da palha do coqueiro – material encontrado em abundância na área – que são confeccionados cestos, bolsas e chapéus. Em Canindé de São Francisco, no Alto Sertão de Sergipe, a madeira serve de base para esculturas, chaveiros e peças decorativas. Perto dali, em Poço Redondo, dezenas de artesãs mantêm a tradição da renda de bilro, técnica utilizada por várias gerações de rendeiras e que foi uma das principais atividades das mulheres ribeirinhas na época do cangaço.

BolsasA produção artesanal também se revela na culinária local. No povoado Saramém, em Brejo Grande, um grupo de doceiras produz cocadas de sabor marcante, comercializadas próximo à foz do rio São Francisco e também em feiras e exposições. Biscoitos, queijadas e produtos caseiros à base de mel ou leite também fazem parte das delícias do Baixo São Francisco sergipano e a fabricação desses produtos constitui uma importante alternativa econômica para a região.

Materializada pelas mãos de gente simples, essa produção tem como uma de suas principais vitrines a capital do estado, Aracaju. É possível enxergar a arte do Baixo São Francisco sergipano em diferentes espaços, como o Mercado Municipal, o centro de artesanato da Rua do Turista ou as feiras na Orla de Atalaia. É ali que se comercializam a preços populares estatuetas, peças de vestuário e os mais diferentes tipos de souvenir, que encantam diariamente centenas de visitantes, especialmente os turistas que visitam a capital. Um ciclo que garante renda na zona rural e fortalece as manifestações culturais em Sergipe.

Veja fotografias no perfil da Codevasf no Flickr:
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